segunda-feira, 22 de maio de 2017

Imprensa Comprada Por Temer * Antonio Cabral Filho - RJ

"Ser liberal com dinheiro público é uma maravilha!


A revista Veja passou a ser a publicação impressa que mais recebe dinheiro do governo federal, superando todos os jornalões e revistas, incluindo Folha, Globo e Estadão.

Nos últimos 12 meses, a Veja recebeu R$ 3,24 milhões da Secom, aumento de 490% sobre o ano anterior.

Os valores não contabilizam as estatais, o que poderia multiplicar o montante por três ou quatro vezes.

Definitivamente não houve ajuste fiscal na Secom, o órgão do governo que cuida da publicidade federal.

Nos 12 meses terminados em abril último, o governo federal fez anúncios da ordem de R$ 153,9 milhões, aumento de 21% sobre o ano anterior.

No ano inteiro, vimos e ouvimos jornais, canais de TV, rádio, outdoors, exibindo quantidades crescentes de anúncios do governo, inclusive aqueles que deviam ser terminantemente proibidos pelo poder judiciário, porque tratam de propaganda de governo, como os que alardeiam sobre os “benefícios” da reforma da previdência.

Os números da Secom neste post tratam apenas da publicidade da presidência e dos ministérios. A parte do leão fica com as estatais, responsáveis por cerca de dois terços da publicidade federal. Possivelmente, neste primeiro ano de golpe, elas responderam por percentual ainda maior.

Em primeiro lugar no ranking, claro, a Globo.

A empresa dos Marinho recebeu R$ 42,24 milhões apenas dos ministérios e presidência, um aumento de 11% sobre o ano anterior.

Os principais aumentos de publicidade federal neste primeiro ano de golpe foram para revistonas e alguns jornais, como Folha e Estadão.

O aumento da verba da Secom para a Folha cresceu 121,5%.

A Istoé, que elegeu Temer como “Homem do Ano” e fez uma cerimônia na qual Sergio Moro e Aécio Neves sentaram-se juntos e trocaram sorrisos e gentilezas, recebeu mais de R$ 700 mil da Secom, ou 1384% a mais do que no ano anterior.


Reitere-se que a publicidade das estatais não é publicada no portal da transparência. Em anos anteriores, a Folha costumava obter esses números, através de liminar da justiça, que obrigava as estatais a informarem quanto gastavam com publicidade. O objetivo da Folha era notoriamente político: monitorar se o governo estava fazendo publicidade em blogs, tanto que este era o assunto principal das matérias, apesar dos blogs receberem percentuais insignificantes da publicidade federal."
* Autor desconhecido
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terça-feira, 9 de maio de 2017

Conversando Com Dirceu / Francisco Costa * Antonio Cabral Filho - RJ

"CONVERSANDO COM DIRCEU


Camarada, não me importa se você se envolveu na corrupção, de maneira ativa ou passiva, se fez caixa dois para o partido, ou lá o que tenha sido.
Joga-se com as regras do jogo, sob pena de eliminação, de ficar de fora da decisão.
Todos os que o acusam servem-se das mesmas regras e fazem o mesmo, fazendo conosco agora o que tivemos a ética de não fazer com eles quando éramos poder.
O motivo do medo deles ficou explícito nas declarações do Dalagnol, o aprendiz de procurador, segundo Gilmar Mendes, ao afirmar que há o risco de você voltar ao crime.
Você não seria leviano a ponto de voltar a mexer com finanças, e mais leviano seria quem esperasse isso de você. O crime a que Dalagnol e correligionários temem é o de rearticular o partido e reaglutinar a esquerda, repetindo o já feito. 
Sim, você é o nosso rei no tabuleiro do xadrez político, porque síntese de Lula e Dilma, e aí a urgência deles em deixá-lo em xeque mate.
Sim, camarada. Lula tem em si um natural espírito de liderança, uma capacidade extraordinária de negociar, a paciência de Jó, e o compulsório estágio na miséria, na infância, o fez de profundo amor aos pobres, fincando sólidas raízes no nacionalismo, mas peca pela ausência de embasamento teórico.
Tudo em Lula é instintivo ou aprendizado na luta, praticando.
Já Dilma é o oposto, embasada em leitura revolucionária e ocupação técnica, fez-se crítica e fria, sem a passionalidade da militância de longos costados, o que não é defeito ou demérito, mas estilo.
Complementam-se sem se completarem porque são dois, e a velha fórmula quem nos deu foi o velho barbudo, a práxis, fusão da teoria e prática em um só, e aí... José Dirceu, o que o fez o estrategista que permitiu a chegada do PT ao poder, continuando depois como eminência parda dos governos de Lula, articulando nos bastidores.
Só teoria, um intelectual progressista; só prática, um militante progressista; teoria e prática, um revolucionário.
A direita medíocre sabe disso por instinto, a direita letrada, por dedução, e aí o temor que têm de você.
Tivesse Lula ouvido você, Gushiken e Franklin Martins, quando ele tinha 84% do povo brasileiro e praticamente todo o Congresso Nacional, teriam vindo a Lei da Mídia e as reformas em moldes outros, diferentes das covardias de Temer.
Mas ele acreditou em conciliação de classes, na bondade dos mercenários, na possibilidade de acordos entre escravos e senhores e optou pelo Lulinha Paz e Amor. Não os convenceu.
Mas nem tudo está perdido, tudo é possibilidade de aprendizado, e em Lula a capacidade de aprender com a adversidade é infinita.
A direita brasileira matou o Lulinha Paz e Amor, agora com a consciência de que há adversários e inimigos e não só adversários, como um dia ele pensou. O que vem aí é outro Lula, com larga experiência e, agora, muito mais consciência.
Por isso a direita brasileira sabe que a sua sobrevivência depende da neutralização de José Dirceu e Lula. Por isso a necessidade de reconduzi-lo à cadeia e inviabilizarem a candidatura do Lula. De outra maneira a direita amargará pelo menos mais duas décadas na platéia, se não for alijada em definitivo da nossa história, por força revolucionária.
Cuide-se, camarada.
Por fim, o que parece elogio, mas é reconhecimento: dois anos de cárcere, dois longos anos de cárcere, em condições profundamente adversas, o diabo da guarda tentando: delata, faz o acordo da delação premiada, não segure sozinho, você está preso pelo seu silêncio, 70 anos de idade, mais nada a perder, já deu a sua contribuição à história, denuncie, entregue, dedure, delate... E você não entregou camaradas, não entregou companheiros, não entregou adversários, não entregou inimigos e isto os fracos, os frouxos, os de caráter duvidoso jamais perdoarão.
Como afirmou o poeta Caetano Veloso, “Narciso odeia tudo o que não é espelho”.
A sua existência é uma humilhação para eles.
Saudações revolucionárias, camarada.

Francisco Costa
http://aldeianago.com.br/artigos/7-cidadania/16142-conversando-com-dirceu-por-francisco-costa
Rio, 03/04/2017."

sábado, 6 de maio de 2017

Direita e Esquerda * Ariano Suassuna - PE

Direita e Esquerda
Ariano Suassuna - PE

"Não concordo com a afirmação, hoje muito comum, de que não mais existem esquerda e direita. Acho até que quem diz isso normalmente é de direita.
Talvez eu pense assim porque mantenho, ainda hoje, uma visão religiosa do mundo e do homem, visão que, muito moço, alguns mestres me ajudaram a encontrar. Entre eles, talvez os mais importantes tenham sido Dostoiévski e aquela grande mulher que foi santa Teresa de Ávila.
Como consequência, também minha visão política tem substrato religioso. Olhando para o futuro, acredito que enquanto houver um desvalido, enquanto perdurar a injustiça com os infortunados de qualquer natureza, teremos que pensar e repensar a história em termos de esquerda e direita.
Temos também que olhar para trás e constatar que Herodes e Pilatos eram de direita, enquanto o Cristo e são João Batista eram de esquerda. Judas inicialmente era da esquerda. Traiu e passou para o outro lado: o de Barrabás, aquele criminoso que, com apoio da direita e do povo por ela enganado, na primeira grande “assembléia geral” da história moderna, ganhou contra o Cristo uma eleição decisiva.
De esquerda eram também os apóstolos que estabeleceram a primeira comunidade cristã, em bases muito parecidas com as do pré-socialismo organizado em Canudos por Antônio Conselheiro. Para demonstrar isso, basta comparar o texto de são Lucas, nos “Atos dos Apóstolos”, com o de Euclydes da Cunha em “Os Sertões”.
Escreve o primeiro: “Ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía, mas tudo entre eles era comum. Não havia entre eles necessitado algum. Os que possuíam terras e casas, vendiam-nas, traziam os valores das vendas e os depunham aos pés dos apóstolos. Distribuía-se, então, a cada um, segundo a sua necessidade”.
Afirma o segundo, sobre o pré-socialismo dos seguidores de Antônio Conselheiro: “A propriedade tornou-se-lhes uma forma exagerada do coletivismo tribal dos beduínos: apropriação pessoal apenas de objetos móveis e das casas, comunidade absoluta da terra, das pastagens, dos rebanhos e dos escassos produtos das culturas, cujos donos recebiam exígua quota parte, revertendo o resto para a companhia” (isto é, para a comunidade).
Concluo recordando que, no Brasil atual, outra maneira fácil de manter clara a distinção é a seguinte: quem é de esquerda, luta para manter a soberania nacional e é socialista; quem é de direita, é entreguista e capitalista. Quem, na sua visão do social, coloca a ênfase na justiça, é de esquerda. Quem a coloca na eficácia e no lucro, é de direita." 


quinta-feira, 4 de maio de 2017

Moro e CIA * Antonio Cabral Filho - RJ

Moro & CIA
" A HISTÓRIA DO JUIZ SÉRGIO MORO COM O DOLEIRO ALBERTO YOUSSEF ABAFADA PELA MÍDIA

Moro e Youssef: personagens de uma longa história


Os dois são paranaenses, quarentões. Sérgio Moro de Maringá, Alberto Youssef de Londrina. O primeiro vem de uma família de classe média alta, filho de professor universitário, formou-se cedo em direito, fez pós-graduação, tornou-se juiz federal, estudou no exterior. O segundo, o Youssef não teve a mesma sorte. Filho de imigrantes libaneses pobres, aos nove anos já vendia pastéis nas ruas de Londrina. Muito esperto, ainda guri, pré-adolescente, já era um ativo sacoleiro. Precoce, antes de completar 18 anos já pilotava monoplanos o que lhe possibilitou uma mudança de escala, um considerável avanço nas suas atividades de contrabandista e doleiro. Com menos de trinta anos tornara-se um bem sucedido “homem de negócios”, dono de poderosa casa de câmbio, especialista em lavagem de dinheiro e remessa ilegal de dólares para o exterior. Em meados dos anos noventa operava em grande escala repassando recursos que “engordavam” o caixa 2 das campanhas de políticos importantes do Paraná e de Santa Catarina, dentre eles Álvaro Dias, Jayme Lerner e Jorge Bornhausen.


Alberto Youssef foi, também, figura central na transferência ilegal de bilhões de dólares oriundos de atividades criminosas e de recursos desviados na farra das privatizações do governo FHC.

Em novembro de 2015, o jornalista Henrique Berangê publicou na revista Carta Capital uma instigante matéria com o seguinte parágrafo inicial: “O juiz Sérgio Moro coordena uma operação que investiga sonegação de impostos, lavagem de dinheiro, evasão de divisas intermediadas por doleiros paranaenses. Foram indiciados 631 suspeitos e remetidos para o exterior 134 bilhões de dólares, cerca de 500 bilhões de reais.” Operação Lava Jato, 2014? Não, ele se referia ao escândalo do Banestado ocorrido no final dos anos 90. A privatização desse banco estatal comprado pelo Itaú segundo estimativas trouxe um prejuízo de no mínimo 42 bilhões de reais aos cofres públicos do país. Mas antes do banco ser vendido, sua agência em Nova York foi o porto seguro dos recursos bilionários para lá transferidos pelos fraudadores.


Na segunda metade dos anos noventa através das contas CC5 o então presidente do Banco Central Gustavo Franco escancarou as portas para uma sangria de recursos que daqui migraram para engordar as polpudas reservas de empresários, políticos, grupos de mídia no exterior. Sem dúvida o maior episódio de corrupção da história do país. Foi aberta uma CPI no Congresso, virou pizza; o Banco Central boicotou as investigações e a imprensa silenciou. Só a Globo enviou 1,6 bilhões de dólares, mais de 5 bilhões de reais. Além das grandes empreiteiras na lista dos fraudadores lá estavam também outros grupos da mídia: a editora Abril, o Correio Brasiliense, a TVA, o SBT, dentre outros. A justiça foi convenientemente lenta, os crimes prescreveram, só foram punidos alguns integrantes da “arraia miúda”. Ironias da história: a corporação Globo, futura “madrinha” de Moro cometeu os mesmos ilícitos que mais tarde seriam por ele denunciados na operação Lava Jato. Desta vez, porém, as diligências policiais e ações judiciais não foram arquivadas e Moro pôde posar de “campeão na luta contra a corrupção, herói nacional.”

O silencio da mídia repetiu-se em 2015 quando a operação Zelotes denunciou que membros do Conselho de Administração de Recursos Fiscais, o CARF estavam recebendo propinas para livrar grandes empresas de multas aplicadas por prática de sonegação de impostos. Bilhões de reais de dívidas da Gerdau, da RBS, do Banco Safra, do Banco de Boston, da Ford, do Bradesco, dentre outras empresas e grandes grupos da mídia. As apurações preliminares estimaram que mais de 20 bilhões de dólares foram desviados dos cofres públicos, sendo este montante apenas a “ponta do iceberg”. Certamente a continuidade das investigações chegaria a valores muito maiores.

Começou lá nos primeiros anos da década passada, o idílio Moro-Youssef, em 2003 para ser mais preciso. Apesar do protagonismo central do doleiro na prática de ilícitos, ele foi beneficiado pela delação premiada, ficando livre, leve e solto. Prosseguiu, é claro, na sua longa e bem sucedida carreira de crimes bilionários. Observe-se que na delação premiada a redução da pena ou o perdão é concedido ao réu sob expressa condição de promessa de ilibada conduta futura.

É claro que a biografia de Youssef não poderia alimentar nenhuma esperança de regeneração, de que ele abandonasse as práticas ilícitas.

Onze anos depois, em março de 2014, na fase inicial da operação Lava Jato, Youssef foi novamente preso por Moro. Foi constatado que ele era o principal operador das propinas que alimentaram o caixa das campanhas de inúmeros políticos especialmente do PP e do PT no chamado Mensalão 2, ocorrido em 2005. O primeiro, o Mensalão 1, o da compra dos votos para a reeleição de FHC não teve consequências porque Geraldo Brindeiro, o Procurador Geral da República das 626 denúncias criminais dos seus oito anos no cargo (de 1995 a 2003), arquivou mais de 90% delas, encaminhando para indiciamento pelo Judiciário apenas 60, justamente as de importância menor e que envolviam personagens secundários. Brindeiro ficou por isso nacionalmente conhecido como o “engavetador-geral da República“. A grossa corrupção que marcou os dois períodos do governo Fernando Henrique foi varrida para de baixo do tapete: o Ministério Público Federal e o Poder Judiciário taparam o nariz e fecharam os olhos.

A delação premiada de Youssef realizada em 2014 e 2015 foi justificada por Moro pela importância que teve para a obtenção de provas que culminaram em dezenas de indiciamentos e prisões de importantes figuras, possibilitando a comprovação de desvios bilionários. Fala-se que a Lava Jato apurou pagamentos de propinas de valores acima dos 10 bilhões de reais, valor expressivo mas que, pasmem, representa apenas 1,7% dos valores desviados dos cofres públicos nos episódios do Banestado e da operação Zelotes.

Segundo o noticiado, Youssef foi indiciado em nove inquéritos. Algumas ações com sentenças já transitadas em julgado resultaram em condenações que totalizaram 43 anos de prisão em regime fechado. Há ainda outras ações que, na hipótese de ocorrer a condenação, poderiam resultar em 121 anos e 11 meses de prisão. Sérgio Moro anunciou este mês que pela contribuição que a delação de Youssef trouxe para a operação Lava Jato, sua pena foi fixada em três anos, dois quais dois anos e oito meses já cumpridos. A partir de novembro ele deixará o regime fechado e vai passar os meses restantes em prisão domiciliar.

A legislação penal tipifica o ilícito e determina a pena de acordo com sua gravidade. Cabe ao juiz na sentença aplicar a sanção que a lei determina. O que pode ser questionado na delação premiada é que não existe na lei a dosimetria que imponha ao magistrado um limite para a redução da pena. O caso de Youssef é um exemplo típico: Sérgio Moro, se considerarmos as graves ilicitudes, os valores envolvidos e as inúmeras reincidências do doleiro foi extremamente indulgente, generoso. Alberto Youssef estaria certamente fadado a morrer na prisão cumprindo as penas a que foi condenado. Em novembro, no entanto, já estará em casa e em março do ano que vem solto. Muito provavelmente preparado e disposto a cometer novos crimes."

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quarta-feira, 3 de maio de 2017

A Midiotização e a Oligarquia Subversiva - Parte 3 * Roberto Bueno - MG

A Midiotização e a Oligarquia Subversiva - Parte 3
Roberto Bueno - MG
Roberto Bueno*
A grande mídia brasileira emergiu nesta quadra histórica como substituta ideal para o velho emprego da força bruta nos modernos movimentos golpistas de Estado. Antes era a força bruta que operava sobre a carne fria dos corpos humanos vilipendiados, torcendo-os de fora para dentro, e hoje, violências múltiplas, mutila espíritos e consciências de sua própria condição humana e posição no mundo, fazendo-o de dentro para fora.
Esta é a nova modalidade de ação ácido-cruel sobre o humano, capaz de corroer rapidamente todas as suas entranhas e neutralizar as barreiras protetoras de suas armas de defesa. Prejudicadas, as massas veem seus interesses disponíveis ao grande conglomerado econômico associado com a mídia. Mil e um exemplos são conhecidos, e talvez apenas o último seja o ruidoso silêncio sobre a greve geral deste último dia 28 de abril de 2017 nos telejornais da grande vênus platinada. Se isto foi muito visível, é certo, nem sempre a mídia opera tão às claras. Frequentemente o faz sofisticadamente visando redesenhar o mundo real através da reconfiguração dos esforços que a retórica da oligarquia política financia e quer expandir matreiramente. Fantasioso e fraudulento é o sentido da estratégia e das opções adotadas pela grande mídia brasileira em seu esforço para tornar palatável uma ideologia político-econômica agudamente contrastante com o estágio civilizatório alcançado pela sociedade brasileira. Homens e mulheres brasileiros não precisariam ser tornados alvo de humilhação por parte de uma oligarquia fascio-pós-neoliberal como esta folgazã que exala enxofre por onde passa.

Segue...
http://www.uberlandiahoje.com.br/2017/05/01/midiotizacao-e-oligarquia-subversiva-iii/ 
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terça-feira, 2 de maio de 2017

segunda-feira, 1 de maio de 2017

A Midiotização e a Oligarquia Subversiva - Parte 2 * Roberto Bueno - MG

A Midiotização e a Oligarquia Subversiva- Parte 2
Roberto Bueno
Roberto Bueno*
O viés político-ideológico dos governos Jango e Dilma nunca foi de implementação do socialismo, nem sequer em sua versão mais modesta e moderada, mas tão somente, como diz Moniz Bandeira sobre o Governo Jango, que pretendia “reformas democrático-burguesas e tendiam a viabilizar o capitalismo brasileiro, embora sobre outros alicerces, arrancando-o do atraso e dando-lhe maior autonomia” (1977, p. 164). Quem conseguiu transformar esta política em um monstro comunista capaz de ameaçar até mesmo o colosso imperial do Norte? Quem realizou a proeza de implantar isto na cabeça de muitos brasileiros para justificar o golpe de Estado de 1964? No caso de Dilma, ainda no primeiro semestre de 2015, foi implementada política econômica conduzida pelo então Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mago e homem da confiança do “mercado”, conhecido como “mãos de tesoura”, apelido que bem identifica a sua filiação ideológica ultraneoliberal. Como, então, a Presidente foi crucificada por setores ultradireitistas como praticante de políticas de tendências “comunistas”? Tanto em 1964 como em 2016 as forças operantes não agiram pelos motivos declarados, mas por outros, muito distintos. Em ambos os casos a mídia agiu de forma definitiva para, conforme os recursos técnicos de cada época, redefinir o campo da realidade e, assim, obter a mínima legitimação para a violação da ordem democrático-constitucional.
Segue...
http://www.uberlandiahoje.com.br/2017/04/29/midiotizacao-e-oligarquia-subversiva/ 
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