"Ser liberal com dinheiro público é uma maravilha!
A revista Veja passou a ser a publicação impressa que mais recebe dinheiro do governo federal, superando todos os jornalões e revistas, incluindo Folha, Globo e Estadão.
Nos últimos 12 meses, a Veja recebeu R$ 3,24 milhões da Secom, aumento de 490% sobre o ano anterior.
Os valores não contabilizam as estatais, o que poderia multiplicar o montante por três ou quatro vezes.
Definitivamente não houve ajuste fiscal na Secom, o órgão do governo que cuida da publicidade federal.
Nos 12 meses terminados em abril último, o governo federal fez anúncios da ordem de R$ 153,9 milhões, aumento de 21% sobre o ano anterior.
No ano inteiro, vimos e ouvimos jornais, canais de TV, rádio, outdoors, exibindo quantidades crescentes de anúncios do governo, inclusive aqueles que deviam ser terminantemente proibidos pelo poder judiciário, porque tratam de propaganda de governo, como os que alardeiam sobre os “benefícios” da reforma da previdência.
Os números da Secom neste post tratam apenas da publicidade da presidência e dos ministérios. A parte do leão fica com as estatais, responsáveis por cerca de dois terços da publicidade federal. Possivelmente, neste primeiro ano de golpe, elas responderam por percentual ainda maior.
Em primeiro lugar no ranking, claro, a Globo.
A empresa dos Marinho recebeu R$ 42,24 milhões apenas dos ministérios e presidência, um aumento de 11% sobre o ano anterior.
Os principais aumentos de publicidade federal neste primeiro ano de golpe foram para revistonas e alguns jornais, como Folha e Estadão.
O aumento da verba da Secom para a Folha cresceu 121,5%.
A Istoé, que elegeu Temer como “Homem do Ano” e fez uma cerimônia na qual Sergio Moro e Aécio Neves sentaram-se juntos e trocaram sorrisos e gentilezas, recebeu mais de R$ 700 mil da Secom, ou 1384% a mais do que no ano anterior.
Reitere-se que a publicidade das estatais não é publicada no portal da transparência. Em anos anteriores, a Folha costumava obter esses números, através de liminar da justiça, que obrigava as estatais a informarem quanto gastavam com publicidade. O objetivo da Folha era notoriamente político: monitorar se o governo estava fazendo publicidade em blogs, tanto que este era o assunto principal das matérias, apesar dos blogs receberem percentuais insignificantes da publicidade federal."
* Autor desconhecido
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